sábado, 7 de novembro de 2009

Segundo de Novembro

É o dia seguinte,
aquele em que olhamos para nós
ainda doridos da batalha que viu cair a luz do mundo.
Neste descampando ainda se sente o fumo das muralhas queimadas de Nova Roma.
Ainda se fecha o túmulo do último filho de Rómulo.

Para onde vamos agora?
Os mortos estão enterrados
e a feridas da ausência e da perda ainda doêm,
mas a fome de vida impõem-se,
está na altura de olhar para a frente,
Os mortos já estão enterrados faltando cuidar dos vivos.

Na altura está de silenciar este fado,
impossível de esquecer,
E zarpar rumo a esse futuro desconhecido,
Essa terra onde consta que os sobreviventes florescem.
Como será esse novo país?
Distante no tempo e no espaço sabemos que sim
Mas terá as de colinas rodondas e pastos verdes tanto sonhados?
Assim o esperamos e assim o desejamos.

Caêm agora as primeiras chuvas de um inverno que sa adivinha frio,
Bem vindo seja porque é sabido que o gelo sara as feridas

e encerra no útero da Terra as sementes que pacientemente esperam a nova Primavera.
Esta já não irá tardar ...

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